MP do Governo facilita apadrinhamento, indicações políticas, e derruba os 'discursos de campanha'

A preocuçação vem aumentando a cada dia com a moralidade públca em um governo que foi eleito justamente com discurso contrário, que era para combater desmandos. A afirmação é do diretor do SINVUBER, Gilson Nunes, ao analisar a Medida Provisória nº 922/20 do governo de Jair Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes da Economia.“Tal medida permite a contratração de temporários nos órgãos públicos, aumenta o risco de indicações políticas e de corrupção. Ou seja, o governo vai exatamente na direção contrária de seu discurso. Todos os trabalhadores devem estar preocupados com o uso público para politicagem”, ressaltou Nunes.O dirigente baseu a informação em entrevista concedida pelo pesquisador e professor do Ibmec, Bruno Carazza.De acordo com o professor, um dos problemas da MP é “a forma como vai ser desenhado o processo seletivo. Há uma concorrência muito grande nos concursos públicos, embora existam questionamentos se a forma atual, de provas e títulos, consegue selecionar um perfil profissional adequado para trabalhar no serviço público. Essa é uma discussão”. Entrevista foi dada ao UOL.A outra, na avaliação de Bruno Carazza, são os procedimentos frágeis previstos na MP que reduz a transparência dos processos seletivos. “Essa frouxidão nos critérios de seleção dos procedimentos me deixa com um pé atrás e faz com que surja um temor de que essa contratação temporária seja usada para indicação política, favorecimento pessoal e, no limite, mais casos de corrupção nos órgãos públicos da administração”, afirmou.x
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