Bolsonaro tira salários de trabalhadores por 4 meses em plena crise do coronavírus

A diretoria do SINVUBER lamentou e protestou contra a Medida Provisória (MP) 927/2020, publicada por Jair Bolsonaro na noite deste domingo, que permite às empresas suspender o contrato de trabalho de seus funcionários por até quatro meses, sem remuneração."Um absurdo. O Brasil está indo na contramão do mundo, onde a maioria dos países estão ajudando a quem mais precisa. Aqui, o Governo está preocupado com os empresários e não com a maioria da população", ressaltou o diretor do SINVUBER, Gilson Nunes.Na contramão das medidas que vêm sendo anunciadas por países como Alemanha, Inglaterra e Espanha de proteção a classe trabalhadora com a garantia de que os governos pagarão até 80% dos salários durante a quarentena de enfrentamento a pandemia do coronavíirus (Covid-19), o governo de Jair Bolsonaro decidiu deixar o trabalhador e a trabalhadora sem salário por até 120 dias.O texto da MP que suspende os salários por 4 meses, que precisa ser analisado e votado pelo Congresso Nacional em até 120 dias, contém uma série de mudanças que deixam o trabalhador “à mercê” das empresas, segundo o Dieese.De acordo com a medida, o empregador poderá conceder ao empregado ajuda compensatória mensal, sem natureza salarial, durante o período de suspensão contratual, com valor definido livremente entre as duas partes, via negociação individual, excluídos a participação dos sindicatos. Nesse período, o trabalhador não terá acesso ao seguro-desemprego.A MP 927 também permite teletrabalho, antecipação de férias, concessão de férias coletivas, antecipação de feriados, bancos de hora, além de suspender exigências administrativas, de segurança do trabalho. Também autoriza as empresas a atrasarem o recolhimento do FGTS.x
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