MP estimula troca-troca de empregados, gera desemprego e favorece patrões

O ano de 2020 inicia-se sob ameaça de estabilidade no emprego para todos os trabalhadores, inclusive os vigilantes. Com a edição da Medida Provisória 905, que cria o contrato ou carteira de trabalho “verde e amarelo”, o Governo Bolsonaro coloca a todos os trabalhadores empregados em riscos.“A tal nova carteira, na desculpa de gerar empregos, vai é tirar vagas de quem já tem. A nova carteira tira tributos de empresários, estimulando os mesmos a trocar os atuais empregados por novos, na idade principalmente, e assim com demissões dos antigos”, explicou o diretor do SINVUBER, Ricardo Soares.A pretexto de reduzir o custo do trabalho para criar empregos, assim como a “reforma trabalhista”, de 2017, a MP 905 reduz, restringe ou elimina uma série de direitos – reduz o recolhimento do Fundo de Garantia e a multa em caso de demissão, cobra tarifa do trabalhador desempregado, elimina pagamento por jornadas em dias e horários extraordinários, inclusive fins de semana. Para o economista Adhemar Mineiro, do Dieese, assim como a “reforma” trabalhista, a carteira verde de amarela não tem condições de promover crescimento de empregos de qualidade e promover uma melhora da economia. Ele alerta que a MP 905 cria uma possibilidade de substituição de até 20% dos atuais empregados, com direitos regulamentados, por novos funcionários, com direitos reduzidos. “Pode aumentar a demissões”, afirma.x
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