'Mentiras verdadeiras' sobre empregos escondem precariedade de vagas, e falso desenvolvimento

"Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade". A frase do ministro de propaganda de Adolf Hitler, Joseph Goebbels, usada pelos nazistas para dominar o povo serve muito para a situação que o Brasil passa hoje, principalmente em relação a geração de empregos. O Governo Bolsonaro tem usado este tipo de tática, e repetindo via fake news, e para muitos, se torna verdade.“O Governo tem divulgado vagas informais, e precárias, como empregos formais, para aumentar números falsos de geração de oportunidades. Os números não correspondem a verdade, mas muito repetem como se fosse verdade tais dados”, explicou o diretor do SINVUBER, Gilson Nunes.O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged), que antes do golpe de 2016 só divulgava vagas formais, com direitos trabalhistas, como 13º salário, FGTS e férias remuneradas, garantidos, passou a divulgar com estardalhaço vagas de trabalho com contrato intermitente. A mídia reproduz como se fosse uma notícia boa, sem questionar nem criticar ou sequer explicar que as vagas geradas são de trabalho precário.O Portal do Ministério da Economia divulgou que, em 2019, foram gerados 644.079 mil novos postos de trabalho, 115 mil a mais do que em 2018. O número representa o maior saldo de empregos com carteira assinada em números absolutos desde 2013, ressalta a matéria.O que a matéria não diz é que do total de vagas de emprego formal criadas no ano passado, 16,5% (106 mil) foram nas modalidades de trabalho intermitente ou de regime de tempo parcial, ou seja, os 'bicos' legalizados pela reforma Trabalhista de Michel Temer. Quando assinam contratos de trabalho intermitente, os trabalhadores e as trabalhadoras ficam em casa esperando ser chamados pelo patrão, ganham por hora trabalhada, sem direitos e não conseguem contribuir com a Previdência. Em muitos casos, não recebem sequer um salário mínimo por mês.x
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