Reforma beneficia bancos duas vezes, na dívida e lucros, e ficam com 62% da renda do trabalhador
Um dos setores que mais faturam no país, conhecido de perto pelos vigilantes, será o mais beneficiado com a proposta de Reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL): o sistema bancário. Uma simulação feita pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), apontou que os bancos vão ficar com 62% da renda do trabalhador.
“Um absurdo. É a transferência do que seria do trabalhador para os banqueiros, comprovando, mais uma vez que tal reforma somente beneficia patrões e nada de economizar as contas públicas”, protestou o presidente do SINVUBER, Ricardo Teixeira.A Unafisco apresentou tal relatório ontem no Senado Federal. A previsão de acréscimo no faturamento médio anual para as instituições financeiras, num sistema de capitalização, pode ser estimado em até R$ 388 bilhões, nos próximos 70 anos. Ainda segundo a associação, a proposta na PEC 6/2019 resultará num valor acumulado pelo trabalhador, ao fim de 40 anos de contribuição, de R$ 275.804,02. Entretanto, a remuneração dos bancos, prevista na reforma, consumiria R$ 105.701,43 dessa quantia, o que equivale a mais de 62% do valor do patrimônio do empregado. Assim, esse trabalhador ficaria com apenas R$ 170.102,58. No 59º ano, após ingressar no sistema de capitalização, esta porcentagem ultrapassaria os 77%. “Não sei como pode algum trabalhador ainda defender essa reforma. É o verdadeiro tiro no pé. Na verdade, os bancos vão ganhar duas vezes, porque são os maiores devedores da Previdência. Ou seja, além de não pagarem as dívidas, vão ser os maiores beneficiados com a Previdência Privada”, argumentou Teixeira.
x
x
“Um absurdo. É a transferência do que seria do trabalhador para os banqueiros, comprovando, mais uma vez que tal reforma somente beneficia patrões e nada de economizar as contas públicas”, protestou o presidente do SINVUBER, Ricardo Teixeira.A Unafisco apresentou tal relatório ontem no Senado Federal. A previsão de acréscimo no faturamento médio anual para as instituições financeiras, num sistema de capitalização, pode ser estimado em até R$ 388 bilhões, nos próximos 70 anos. Ainda segundo a associação, a proposta na PEC 6/2019 resultará num valor acumulado pelo trabalhador, ao fim de 40 anos de contribuição, de R$ 275.804,02. Entretanto, a remuneração dos bancos, prevista na reforma, consumiria R$ 105.701,43 dessa quantia, o que equivale a mais de 62% do valor do patrimônio do empregado. Assim, esse trabalhador ficaria com apenas R$ 170.102,58. No 59º ano, após ingressar no sistema de capitalização, esta porcentagem ultrapassaria os 77%. “Não sei como pode algum trabalhador ainda defender essa reforma. É o verdadeiro tiro no pé. Na verdade, os bancos vão ganhar duas vezes, porque são os maiores devedores da Previdência. Ou seja, além de não pagarem as dívidas, vão ser os maiores beneficiados com a Previdência Privada”, argumentou Teixeira.x
x
Comentários
Postar um comentário