'Na linha de frente', e riscos eminentes, vigilantes temem por afrouxamento das normas de segurança

Em um dos setores onde o risco de morte e de conseqüências de acidentes de trabalho são maiores que outros segmentos, os vigilantes estão preocupados com as medidas anunciados pelo Governo Bolsonaro sobre segurança no trabalho. Jair Bolsonaro anunciou uma ampla revisão nas normas de segurança do trabalho em vigor no País. “A situação atual já é complicada, imagina se piorar, como quer o Governo? Um levantamento do Ministério Público do Trabalho apontou que o país tem uma morte a cada três horas por acidentes de trabalho”, argumentou o diretor do SINVUBER, Ricardo Soares.O principal alvo é a NR-12, que regula (em mais de 100 tópicos) o trabalho em máquinas e equipamentos — justamente os principais causadores de acidentes de trabalho no Brasil. Foram 528.473 casos nos últimos cinco anos, dos quais 2.058 resultaram em mortes e outros 25.790, em amputações.A medida preocupa sindicatos e o judiciário trabalhista. Os dados são do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, criado pelo Ministério Público do Trabalho em parceria com a Organização Internacional do Trabalho.Quando a reforma trabalhista foi aprovada, em 2017, a prevalência do negociado sobre o legislado afetou o respeito aos costumes e regras de seguranças. No ano seguinte, a terceirização irrestrita fragilizou ainda mais a rede de saúde e segurança garantida, aos trancos e barrancos, pela fiscalização e pelas regras da CLT.

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