'Pirâmide eleitoral dos ricos'... Mudança em 2017 vai beneficiar, de novo, os candidatos dos ricos, afirma Teixeira
No Brasil, quando damos dois passos rumo ao progresso, logo em seguida, damos quatro para o retrocesso. A afirmação é presidente do SINVUBER, Ricardo Teixeira, sobre a chama “mini reforma eleitoral” promovida pelo Congresso Nacional no ano passado.“Se em 2015, foi aprovada a reforma que impedia a doação por empresas para campanha eleitoral, com essa mini reforma de 2017, voltaram a beneficiar os candidatos mais ricos, com aumento no valor de doação de quem é mais rico”m ressaltou Teixeira.Para o dirigente, para sindicatos que representam a classe trabalhadora, como o SINVUBER, a eleição de candidatos dos mais ricos, é extremamente prejudicial. “Precisamos dos nosso candidatos, com identificação com o trabalhador. Candidato eleito pelos ricos, e isso é uma questão de consciência de classe, vai defender os interesses dos empresários”, argumentou o dirigente.O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) estima que quase não haverá mudança na composição do Congresso, e o índice de reeleição pode chegar a até 90%. De acordo com a minirreforma eleitoral aprovada em 2017, que define as regras para o próximo pleito, as doações por pessoas física são limitadas a 10% do rendimento bruto declarado do doador no ano anterior ao da eleição.Segundo a Receita Federal, dos mais de 28 milhões de declarantes em 2017, os 0,09% que estão no topo da pirâmide – aqueles que ganham mais de 320 salários mínimos –, poderão doar em torno de R$ 760 mil ao seu candidato ou partido político. Enquanto isso, aqueles que ganham até dois salários mínimos, os 11,6% dos declarantes na base da pirâmide, poderão doar cada um R$ 854,00, em média.

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